ÓLEO DE COCO É DESTAQUE NA MÍDIA NOVAMENTE




ÓLEO DO COCO CRIA FAMA
Extrato da fruta é elevado à categoria de elixir, por ser antioxidante e fortalecer o organismo
Bruna Cabral
bruna@jc.com.br

Depois do ovo, eis que um novo “vilão alimentar” se regenera. Classificado até pouco tempo atrás como gordura saturada e, portanto, alimento non grato nas dietas que se pretendiam saudáveis, o óleo de coco extravirgem não só foi absolvido por nutricionistas (especialmente da linha funcional) do mundo inteiro, como também ganhou status de elixir do momento, salvação para todos os males físicos, de dor de cabeça a unha encravada.

Alguns autores americanos, como o nutricionista Bruce Fife, garantem que o óleo reduz o risco de câncer, aterosclerose e de doenças do coração; combate infecções bacterianas, virais e fúngicas; fortalece o sistema imunológico; melhora a digestão e potencializa a absorção de nutrientes; é antioxidante e faz bem à pele e ao cabelo. Para completar, é extremamente resistente ao calor. Segundo os entusiastas desse tipo de óleo, ele seria a gordura ideal para o preparo de alimentos porque a composição não varia sob altas temperaturas. O que não ocorre, por exemplo, com o azeite.

Para discorrer detalhadamente sobre cada um desses benefícios, Bruce Fife publicou recentemente um livro chamado The coconut oil miracle (O milagre do óleo de coco), à venda na internet. Não satisfeito, criou uma organização sem fins lucrativos batizada de Coconut Research Center (centro de pesquisa sobre o coco), cuja missão é convencer a população e a comunidade científica sobre os poderes do óleo.

Está funcionando. O produto já tem milhares de adeptos e, claro, fornecedores em várias partes do mundo. No Brasil, a Copra Indústria Alimentícia (www.copraalimenticia.com.br) comercializa o produto, além de todo e qualquer outro derivado do coco que se possa imaginar. Cada potinho do óleo fabricado pela Copra tem 350 ml e pelo menos 2,8 mil calorias.

Especializada em processamento de coco seco, a Copra, sediada em Maceió, atua no mercado desde 1998. Mas ganhou fôlego novo com a fama do óleo que sempre produziu. Já existem até revendedores locais – e informais – do produto nas cidades vizinhas, como o Recife.

A comunidade científica, no entanto, ainda não está completamente convencida das benesses do óleo. Existe um racha entre os que já recomendam o uso do produto e os que ainda estão à espera de um respaldo teórico. “O óleo de fato foi ‘inocentado’ recentemente, mas são poucas as pesquisas consistentes que já foram realizadas”, afirma a nutricionista recifense Rijane Barros.

Nenhum comentário: