Óleo de coco e câncer


Em um estudo de Reddy et al. (1984), o óleo de coco exerceu efeito inibitório mais forte que o óleo MCT quando empregado em tumores do cólon induzidos pelo uso de azoximetano. Outras pesquisas de Cohen e al (1986) mostraram que os efeitos inibidores do óleo de coco no câncer foram também observados no câncer de mama induzido quimicamente. Neste modelo, a pequena elevação do colesterol nos animais comendo óleo de coco funcionou como protetora enquanto os animais comendo mais óleo poli-insaturado (milho, girassol, etc) tiveram redução do colesterol, porém mais tumores. Os autores notaram que uma tendência inversa geral tem sido observada entre os tipos de lipídeos no organismo e a incidência de tumores para os quatro maiores grupos de gorduras.

A Dra. Mary Enig (cientista nutricional) desenvolveu uma pesquisa original onde mostra a correlação positiva entre o óleo vegetal e o câncer e a negativa entre este e a gordura animal. Ela elaborou uma análise clara dos componentes das gorduras “trans” em 200 alimentos.

As gorduras “trans” são formadas quando os óleos vegetais são hidrogenados ou aquecidos a altas temperaturas. Com altas temperaturas, fica alterada a sua forma original “cis”, transformando a gordura em gordura “trans”.

Ela estudou o efeito dessas gorduras trans, originárias de alimentos, sobre a função mista do sistema oxidativo do fígado, que metaboliza no organismo drogas e poluentes ambientais. Um importante achado desses estudos foi que animais de laboratórios submetidos a uma dieta especial contendo gorduras trans sofreram alterações nas atividades desse sistema de enzimas. Esses resultados foram em parte responsáveis pela revisão no “Health Aspects of Dietary Trans Fatty Acids”, mantido pela Federação das Sociedades de Biologia Experimental, por solicitação do FDA (Food and Drug Administration).

O óleo de coco natural, ao provocar um aumento no HDL (bom colesterol), ajuda na prevenção de arteriosclerose e de doenças do coração. Enig cita também a pesquisa de Tholstrup et al. (1994) com óleo de palmeira (não hidrogenado) rico em acido láurico contendo também ácido mirístico. Tholstrup encontrou também um aumento significativo nos níveis de colesterol HDL. No seu artigo, Enig registrou que os efeitos do óleo de coco em pessoas com baixo nível de colesterol é justamente o contrário daqueles com um alto nível. As pessoas com uma baixa contagem de colesterol deverão apresentar um aumento de colesterol sanguíneo, do colesterol LDL e especialmente do colesterol HDL. Já as pessoas com alto nível de colesterol apresentarão uma redução dos níveis de colesterol total e colesterol LDL.

Os estudos que ela menciona mostram que em ambos os grupos a relação HDL/LDL se move numa direção favorável. Para pessoas com aids ou com comprometimento da imunidade para outras doenças, as conclusões dess\ pesquisa são profundas. Isso significa que tudo que tem sido informado ao público pela televisão nos últimos 15 anos a respeito dos óleos vegetais tem sido meias-verdades, levando esse público a conclusões errôneas. O público tem sido levado a acreditar que óleos tropicais provocarão bloqueio nas artérias, levando a doenças cardíacas. O que ocorre na verdade é justamente o contrário. Óleos tropicais naturais, como o óleo de coco extravirgem, ajudam na preservação das artérias, enquanto ocorre o oposto com a maioria dos outros óleos vegetais, principalmente as gorduras hidrogenadas, tão utilizadas hoje em pastelarias, biscoitos, pães, margarinas e produtos industrializados em geral.

Esta política contra o coco, o babaçu e o dendê (palma) tem sido mantida por grandes multinacionais americanas, que, sendo os maiores produtores mundiais de óleos vegetais poli-insaturados (soja, milho, canola e girassol), não querem sofrer perdas financeiras que estas alternativas trariam a eles, pois óleos extraídos de plantas tropicais como coqueiros seriam muito mais baratos e seriam mais acessíveis às populações de baixa renda.

A Dra. Enig também informa que o óleo de canola é o pior para ser utilizado em qualquer circunstância. Quando utilizado na cozinha, ele produz um elevado nível de gorduras trans.

Referências

http://www.enig.com
http://www.lauric.org
http://www.coconutoil.com
http://www.pubmed.com

Report 14, Keep Hope Alive Magazine

1. Issacs, C.E. et al. Inactivation of enveloped viruses in human bodily fluids by purified lipids. Annals of the New York Academy of Sciences 1994;724:457-464.

2. Kabara, J.J. Antimicrobial agents derived from fatty acids. Journal of the American Oil Chemists Society 1984;61:397-403.

3. Hierholzer, J.C. and Kabara J.J. In vitro effects on Monolaurin compounds on enveloped RNA and DNA viruses. Journal of Food Safety 1982;4:1-12.

4. Wang, L.L. And Johnson, E.A. Inhibition of Listeria monocytogenes by fatty acids and monoglycerides. Appli Environ Microbiol 1992; 58:624-629.

5. Issacs, CE et al. Membrane-disruptive effect of human milk: inactivation of enveloped viruses. Journal of Infectious Diseases 1986;154:966-971.

6. Anti-viral effects of monolaruin. JAQA 1987;2:4-6 7. Issacs CE et al. Antiviral and antibacterial lipids in human milk and infant formula feeds. Archives of Disease in Childhood 1990;65:861-864.

Óleo de coco contra aids e outras infecções virais


Segundo a Dra. Enig em um artigo publicado no jornal The Hindu, o Jornal Nacional da Índia, o óleo de coco é convertido pelo organismo em “monolaurina”, um ácido graxo com propriedades antivirais, que pode ser útil no tratamento da aids. Um repórter do The Hindu escreveu o seguinte a respeito da apresentação da Dra. Enig durante uma conferência em Kochi:

“Houve um momento nos Estados Unidos em que uma criança comprovadamente diagnosticada positiva tornou-se HIV negativa. Essa criança havia sido alimentada com uma fórmula com alto teor de óleo de coco. A experiência foi significativa e os esforços estão voltados para se encontrar as causas da redução da carga viral da criança com HIV quando alimentada com uma dieta que ajuda na geração de monolaurina no organismo”.

O repórter comenta também a observação feita pela Dra. Enig de que a monolaurina ajuda na inibição de outros males, como sarampo, herpes, estomatite vesicular e citomegalovírus, e que, pelo avanço das pesquisas, há uma indicação de que o óleo de coco oferece certas medidas de proteção contra substâncias cancerígenas.

Estudos divulgados pelo Dr. Conrado S. Dayrit em 25 de julho de 2000 em Chennai, Índia, no 37º Encontro Cocotécnico, mostraram um grande potencial terapêutico para os óleos láuricos (com alto teor de ácido láurico, como o babaçu, tucumã e coco-da-baía). A experiência da administração diária de 50 ml de óleo de coco em 15 pacientes (10 mulheres e 5 homens) portadores do HIV (o vírus da aids) que nunca haviam recebido nenhum tipo de tratamento anti-HIV, no Hospital de São Lázaro, nas Filipinas, sob a responsabilidade do Dr. Eric Tayan, mostra um aumento do linfócitos de defesa do corpo CD4 e CD8 de 248 para 1.065 e de 570 para 1671, respectivamente.

Um homem que tinha uma carga viral muito baixa e que não sofreu mudanças não foi incluído no resultado final da pesquisa. As estatísticas finais incluíram resultados para 4 homens e 10 mulheres e mostraram que 7 de 14 pacientes tiveram uma redução em três meses de uso diário do óleo, enquanto 8 sofreram redução em seis meses. Os níveis de CD4 e CD8 aumentaram em 5 pacientes, mas não mantiveram relação com a diminuição da contagem viral.

A adição de óleos láuricos na alimentação de pacientes portadores do HIV pode trazer como benefício à diminuição do nível da carga viral em indivíduos HIV positivos, diminuição do antígeno P24 e aumento do CD4 e/ou CD4/CD8.

Com bases nas pesquisas acima, o uso de óleos láuricos na alimentação de pessoas com baixa imunológica, que possuem grande facilidade em gripar, pessoas com doenças bacterianas e viróticas como tuberculose, pneumonia, herpes, doenças venéreas, autoimunes, como o lúpus e a psoríase, câncer, Crohn, entre outras, seria de extrema valia. Da mesma maneira, o emprego deste óleo na massagem se mostra eficaz para o tratamento dos mesmos problemas, pelo fato de sua penetração pela pele ser muito fácil. Óleos láuricos são os óleos mais finos e de melhor penetração pelos poros, sendo também os melhores veículos carreadores para óleos essenciais. Na alimentação podem ser utilizados para cozinhar e fritar alimentos, substituindo os óleos de soja, girassol e milho. O uso local destes óleos ainda pode ser uma fonte interessante para tratamento de escaras, feridas infeccionadas e inflamações.


A dose terapêutica

Baseada nos seus cálculos e na quantidade de ácido láurico encontrada no leite materno humano, a Dra. Enig sugere para adultos uma dieta rica de 24 gramas de ácido láurico diariamente. Essa quantidade corresponde a aproximadamente 3,5 colheres de sopa de óleo de coco ou 300 ml de puro leite de coco. Essa é a dose terapêutica diária sugerida pela Dra. Enig, baseada nas suas pesquisas de acido láurico contidos no leite humano materno.


Referências

http://www.enig.com
http://www.lauric.org
http://www.coconutoil.com
http://www.pubmed.com

Report 14, Keep Hope Alive Magazine

1. Issacs, C.E. et al. Inactivation of enveloped viruses in human bodily fluids by purified lipids. Annals of the New York Academy of Sciences 1994;724:457-464.

2. Kabara, J.J. Antimicrobial agents derived from fatty acids. Journal of the American Oil Chemists Society 1984;61:397-403.

3. Hierholzer, J.C. and Kabara J.J. In vitro effects on Monolaurin compounds on enveloped RNA and DNA viruses. Journal of Food Safety 1982;4:1-12.

4. Wang, L.L. And Johnson, E.A. Inhibition of Listeria monocytogenes by fatty acids and monoglycerides. Appli Environ Microbiol 1992; 58:624-629.

5. Issacs, CE et al. Membrane-disruptive effect of human milk: inactivation of enveloped viruses. Journal of Infectious Diseases 1986;154:966-971.


6. Anti-viral effects of monolaruin. JAQA 1987;2:4-6 7. Issacs CE et al. Antiviral and antibacterial lipids in human milk and infant formula feeds. Archives of Disease in Childhood 1990;65:861-864.

Receita caseira de óleo virgem de coco virgem

Escolher alguns cocos maduros, pesados, com bastante água dentro, e abri-los nos olhinhos com um prego ou sacarrolha, para retirar a água; depois embrulhá-los numa toalha e partir a marteladas ou com um golpe de facão. A água deve ser colhida numa vasilha e coada. Quanto mais água houver dentro do coco, mais úmida estará a polpa, e isso é bom. Percebe-se a quantidade claramente ao chacoalhar o coco – pouca água chacoalha mais.

A tradição é ralar o coco num ralo próprio, que se usa muito no Nordeste, e misturá-lo com a própria água que vem dentro, amassando bem e espremendo com as mãos até tudo virar um creme. Algumas receitas recomendam aquecer a água e amassar a mistura até ela esfriar. Isso dá uns dez minutos.

Mas também se pode bater o coco em pedacinhos com a água no liquidificador, aos poucos, até obter esse creme. E também se pode usar água filtrada ou fervida.

Coar na peneira, no coador de náilon, na gaze, no filó, no pano de fralda. Muita força para espremer tudo até o creme acabar.

O bagaço se reserva para fazer cocada, pão de coco ou adubo de planta. É uma fibra natural ótima para os intestinos. Pode ser congelada.

Métodos de extração do óleo virgem de coco

A frio

O leite de coco precisa fermentar para que o óleo se separe da água. Isso pode acontecer em climas quentes deixando-o simplesmente descansar numa vasilha coberta durante 48 horas. O óleo vai se separar natualmente da água e dos resíduos. Três camadas de líquido vão se formar: o óleo de coco por cima, a água no meio e um creme fino no fundo.

Retirar o óleo com uma colher ou concha. Filtrá-lo três vezes em pano de fralda dobrado ou filtro de papel para café. Colocar num vidro e tampar bem.

Quando olhado contra a luz, o óleo vai ter uma coloração amarelada. Essa é a cor natural do óleo virgem de coco.

A água que sobra da mistura original pode ser fermentada para virar vinagre. A mistura cremosa pode ser fervida numa panela para expelir mais óleo. Esse óleo extraído com calor pode ser usado para fritar ou para o cabelo.

O óleo virgem de coco pode ser guardando em temperatura ambiente. Tem validade de dois anos, no mínimo.

Outro método a frio (mais prático)

Pegar dois cocos, três xícaras de água do próprio coco, picar, bater por dois ou três minutos no liquidificador até a consistência ficar lisa e cremosa. Espremer, colocar o leite de coco numa jarra, cobrir e deixar 48 horas num lugar escuro.

Transferir o líquido para uma garrafa PET de água mineral limpa e deixar em local sombreado cuja temperatura esteja em torno dos 25 graus C. Em seis a oito horas o óleo vai se separar do leite.

Ponha a garrafa na geladeira por três horas. O óleo vai se solidificar. Deite e corte a garrafa o mais junto possível da linha do óleo. Isso facilita sua retirada. Guarde em vidro de boca larga com tampa. Ele vai ficar líquido se a temperatura ambiente estiver acima de 27 graus.

Extração no fogo à moda de Bali

Coco ralado à mão no ralador de coco; misturar com água quente e amassar com as mãos até esfriar. Espremer com força para soltar o máximo possível de leite. Esta é a primeira prensagem. Mais água quente é adicionada ao coco já espremido e o processo se repete. Três cocos produzem mais ou menos um litro e meio de leite de coco.

O leite de coco é posto num fogo de bom tamanho para ferver alegremente. Duas rodelas de cúrcuma são adicionadas (e removidas uma hora depois). A cúrcuma colore o óleo e quem ensina diz que o mantém "fresco". Provavelmente dá algum sabor também – o que não faz muita diferença, porque em todo prato de Bali que usa óleo de coco a cúrcuma também entra.

Lá pelas tantas a mistura faz espuma, deixe estar. Uma hora depois o óleo começa a aparecer nas beiradas. O mestre borrifa água fria na superfíce fervente e diz que é para drenar melhor o óleo.

A panela sai do fogo depois de mais ou menos uma hora e meia. O líquido está reduzido à metade, a espuma se dissipou e a superfície está coberta por uma camada fina de óleo dourado.

O leite-óleo é passado por um coador de tela ou peneira fina para capturar a espuma e quaisquer pedacinhos de polpa de coco. Volta à panela e descansa para que a matéria sólida do leite de coco assente no fundo.

Cinco minutos depois já se pode retirar o óleo da superfície com uma concha ou cumbuca. Esse óleo vai para uma caçarola de ferro pequena, posta ao fogo por quinze minutos; sai dele borbulhando e espirrando, mas em poucos minutos arrefece e se revela um óleo quase límpido.

Todas as sobras do processo ainda são coadas e espremidas mais uma vez para aproveitar cada gota.

Outro método de extração no fogo

Pegue cinco cocos médios ou grandes para fazer uma xícara de óleo. Depois de obter o leite de coco, batendo ou ralando e espremendo, coar e deixar descansar por 24 a 48 horas. O creme e a água vão se separar, a água fica no fundo. Retire o creme com uma escumadeira e ponha numa panela grossa e funda (porque ele espirra quando ferve). Deixe ferver devagarinho em fogo médio ou baixo. Lentamente o óleo aparece por cima. Afaste os resíduos de coco para o lado. O óleo fica mais claro. Vá tirando com uma colher e fervendo até não ter mais nada a retirar.

Observe que as panelas são sempre grossas, de ferro fundido, esmalte ou pedra-sabão, para um cozimento lento. Panelas finas fariam o óleo ferver demais.

Pão de coco usando o bagaço que sobrou

2 xícaras de farinha de trigo bem cheias
1 colherinha (café) de sal
4 colheres (chá) de fermento em pó
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal derretida, óleo de coco ou azeite de oliva
1 xícara de coco ralado, não muito apertado
2 colheres (sopa) de açúcar branco, cristal ou mascavo
1 xícara de leite de coco diluído meio a meio com água, ou de leite animal

Peneire a farinha, o sal e o fermento numa vasilha. Separadamente misture o coco e o açúcar e junte à farinha. Adicione o leite e a gordura (óleo de coco, azeite ou manteiga). Amasse por cinco minutos ou até obter um bolo de massa bem aglutinada, oleosa na superfície. Cubra e deixe crescer por dez minutos. Achate a massa para ela virar uma panqueca gorda, com +- 2,5 cm de altura. Ponha numa assadeira untada e faça furinhos por cima com um garfo para decorar. Asse em forno médio (120 graus C) por 20 minutos ou até dourar. Deixe esfriar para comer.

Fonte: Blog de Sonia Hirsh (texto adaptado)